LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
Conheçam a In-Finita neste link
Ela amanhece como quem morre.
Rompendo a alvorada
para uma outra percepção.
Grita na inconformidade.
Também sabe ser selvagem.
Até agora desencontrara-se de si,
por querer estar no Outro.
Quimeras!
Descaminhos no ópio da ilusão
Entorpecida, percorria estradas.
Ele atingira a sua alma,
e não a aprisionou.
Arrastava correntes com sorriso pálido
Olhos desencontrados.
Devaneios
E no corpo... o impalpável.
Que grande desvario
fazer-se incompleta!
Era amor.
Era sempre açoitada
pela irrealidade do instante
Escolhas, sem abrigo.
Cárcere na escuridão.
Tingiu de cor o insustentável
e revestida de pétalas,
fundiu-se ao vento,
agora em passos lentos.
Olhar longínquo.
Desfez-se do último habitante
e silenciou.
Recolheu seus fragmentos
e desejou não mais estar.
Entregou-se a madrugada fria,
olhou para as estrelas buscando
um porto para descansar.
Sem respostas,
exaurida,
recolheu-se em um clarão na montanha,
perto das flores e dos pássaros.
Emendou retalhos, fechou os olhos,
reflexos do que sentia.
Enfrentou a solidão,
o não pertencimento.
Mas a quem pertencia?
Eram chuvas de verão
tardes primaveris,
ou inverno sem fim
E sorriu.
O outono chegou,
despetalando-a.
Era muito mais do que supunha,
enfrentou corredeiras, tempestades, ventanias
Renascida, viva, intensa,
liberta - em chamas
Apenas Ela, o vento, e a sua poesia.
EM - ESSAS MULHERES - COLETÂNIA - IN-FINITA
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