quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

Às vezes corpo, às vezes... íntimo – FÁTIMA MOTA

LIVRO GENTILMENTE OFERECIDO POR IN-FINITA
Conheçam a IN-FINITA neste link

Não fiques presa
aos meus infinitos desejos
nem aos poemas que ora escrevo.
São minhas as palavras ditas
e todas as promessas feitas
são meus os segredos tantos.

De ti as orações benditas
nas contas do rosário santo.
Teus são os malabares 
e as crendices nas linhas sinuosas
da mão caprichosa e atirada.

São teus,  os anseios e meus,  os arremedos
tentativas enfeitadas da  ilusão primeira.

É nosso o momento esparso
querentes  corpos jazem
à espera de um vinho tinto,  adocicado
que não arranhe o paladar
pois que  o dia é  noite
e a língua molha a orelha morna.

São nossas as palavras mudas
pois o verbo inútil gera-se no silêncio.

EM - VERSO & PROSA - COLECTÃNEA - IN-FINITA

Sem comentários:

Enviar um comentário