LIVRO GENTILMENTE OFERECIDO POR IN-FINITA
É a segunda vez que perco para essa peçonha
Ela rouba e envenena os meus amores
O primeiro, enlouqueceu, causou dores infinitas
Que o mataram lentamente, longe de mim
Fiquei desvairada, achei culpas que me dilaceraram,
Chorei lágrimas em versos tristes
Sobrevivi
No segundo, ela agiu às escondidas
Esperou que eu saísse e roubou o meu amor
Dissimulada!
Aproveitou-se das fraquezas dele e o cegou
Tentei salvá-lo, era tarde.
Não fugi
Andamos lado a lado até que ele tombasse
Enfrentei a agonia do fim olhando nos olhos dele
Até que a morte trocasse o brilho castanho
Pelo branco leitoso das córneas inertes
O oxigênio foi pouco para nós dois
Não chorei, não tive culpa
A maldita peçonhenta
Estilou o veneno da solidão
Deixou-me sem amor para amar,
Deixou-me sem carinho para dar
Agora não há poesia que me console mais
EM - CONEXÕES ATLÂNTICAS VI - COLECTÂNEA - IN-FINITA
Sem comentários:
Enviar um comentário