LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
No agora é hora de transpor o ora -
construir o presente, reflexo do que se sente
sem vaguear no ausente.
Libertar a mente do que a tenta enganar:
sutilizas de carências, vestidas de reticências
a confundir referências.
Conversar com a alegria, dar as costas à hipocrisia,
que finge ser lealdade sem encarar a verdade
Ser como o raiar do dia, cuja luz esquenta e brilha
sobre pontes e ilhas, repletas de maresia.
Medir força com a dor, dar sentido ao amor -
torná-lo simples, singelo, belo
como o sol, a criança e a flor.
Refinar o ser, alargar o viver, apaziguar o coração, além de
uma precisa razão.
E, por fim, na derradeira hora sentir
Que no agora é hora de ir embora
para que o novo chegue
renovando a aurora.
EM - ROTAS POÉTICAS - LIÈGE DE MELO - IN-FINITA
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