As chamas ardiam em labaredas, em noite de lua iluminada
o corpo buscava ir além do que desejou e do que ousava sentir
pulsava nas horas tardias, em delírio de si mesmo, tentava fugir
de quimeras perdidas no vento, em ecos na estrada.
Debatia-se na ânsia de ser, consumir, sorver a euforia represada
inspirava sensações imaginárias em sentidos transbordantes,
era consumida por estados líquidos e emoções navegantes
mãos, toques, olhares - inquietantes e entregues a cena ousada.
Fundiam se entre pernas e suores, e a palavra - inflamada
eram dois em delírio, que entregavam-se, lentamente
ela precisava dele, em sensatez, equilíbrio, razão, latente
ousada e encantada, arfava poesia, na paixão desmesurada.
Na manhã gelada e cinzenta, aquecida pelo abraço, enamorada
é ninfa, deusa, em essência a mulher, recriada em desejos,
plena e pulsante quer mergulhar no lado de dentro - ensejos
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