sábado, 15 de junho de 2013

Sangram roseiras - MARIA ANTONIETA OLIVEIRA

Sangram pétalas vermelhas
Das roseiras do meu jardim
São dores sofridas da alma
São lágrimas derramadas por mim.
Sentidas, profundas
Soltando os gritos contidos
Soltando amarras ao vento
No desatino dum pobre sentimento.

Rolam pela calçada
Formando um rio colorido
São lágrimas tristes, cansadas
Perdidas no caminho percorrido.

Soltam-se pétalas vermelhas
Gemendo, gritando lamentos
Sangram os espinhos cravados
Na vida, da vida, os tormentos.

Sangram
As roseiras do meu jardim.

EM - ENTRE O SONO E O SONHO VOL IV TOMO II - ANTOLOGIA - CHIADO EDITORA

1 comentário:

  1. Muito belo, sublime, triste e contagiante.
    Poupem-me destas infindas tristezas.

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