nunca virei a ser um escritor maldito
muito menos um poeta consagrado
sinto-o.
seria incapaz de viver da escrita.
de viver com a incerteza da inspiração.
imagino-me a ver o tempo escorrer
pelas paredes amarelas do fumo dos cigarros.
o papel por escrever.
as folhas, no cesto dos papéis
alternadamente rasgados pela fúria e desespero.
os poetas de agora já não são mártires
nem vivem na miséria.
EM - A CASA DOS ARCHOTES - PAULO EDUARDO CAMPOS - LUA DE MARFIM
O Poema reclama um novo estatuto para os poetas. Ainda bem que são reconhecidos,em vida pelo seu valor.
ResponderEliminarGrata.