Ah, mas nos perturba o silêncio que se ouve
no rosário dos sedimentos geológicos
onde se inscrevem séculos dum plano austero
na busca das formas acabadas de eterno e oculto fim
para o ofício da flor e da semente.
Não nos perturba o murmúrio repetido
do incansável riacho
onde os pássaros despertos bebem a frescura
a profusão das formas abstractas
da nossa sede sempre instante
a maquinação alucinada dos olhos pelas noites
ou o desassossego dos relâmpagos estridentes
que ferem os dias claros.
Mantemos ainda
a crença numa dália renascida
a deslumbrar.
EM - VIAGEM ATRAVÉS DA LUZ - VIEIRA CALADO - PAPIRO
Como o tema do poema, não sei comentar concretamente o conteúdo, sei que me sugere um certo classicismo.
ResponderEliminarGostei e agradeço.
Grande Vieira!! Este é "fera" nas letras...
ResponderEliminarBoa Manu!
Abraços a todos...
Rafael