segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
Soneto de Londres - VINICIUS DE MORAES
Que angústia estar sozinho na tristeza
E na prece! que angústia estar sozinho
Imensamente, na inocência! acesa
A noite, em brancas trevas o caminho
Da vida, e a solidão do burburinho
Unindo as almas frias à beleza
Da neve vã; oh, tristemente assim
O sonho, neve pela natureza!
Irremediável, muito irremediável
Tanto como essa torre medieval
Cruel, pura, insensível, inefável
Torre; que angústia estar sozinho! ó alma
Que ideal perfume, que fatal
Torpor te despetala a flor do céu?
EM - ANTOLOGIA POÉTICA - VINICIUS DE MORAES - DOM QUIXOTE
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Está no meu blog. este Poema, desconhecido,mas a obra de VINICIUS DE MORAES é muito extensa.
ResponderEliminarQuer seja "Torre ... " ou Soneto de Londres exala um sentimento profundo de tristeza e "lamúrias" que parece serem persistentes em vários textos. Quando musicados e cantados por A.C. Jovim e outros , uma amenização é conseguida e parte destas emoções desvanecem e isso é positivo.
Grata.