terça-feira, 27 de novembro de 2012

Templo extremo - CLÁUDIO CORDEIRO


A hora é um templo extremo.
A água impõe um nome
a cada dia importado pelo vento.

Não me revolto com a luz.
É preciso coragem para suportar
as lágrimas do coveiro.

O tempo perdido é um punhado
de terra salgada...
... por palavras que secaram
a luz do dia.

EM - UM TUDO NADA ÁGUA - CLÁUDIO CORDEIRO - LUA DE MARFIM

1 comentário:

  1. Realço o valor emocional condensado em cada estrofe deste poema; gosto de o ter no meu blog. Cada estrofe é uma fonte de inspiração, contudo está no seu todo carregado de uma profunda tristeza. Faz-me aliar nele dois poetas que tanto admiro: Eugénio de Andrade e João Roque. Parabéns!

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