quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Na linha de Céline - DINIS H. G. NUNES

atravessei-me nas travessias da noite e não estou arrependido
porque vim ao mundo para me perder e aos meus sentidos
deste mundo surdo cego mudo frio e cru
simulo a morte para que um dia não a estranhe
e a receba em minha casa

porque quem fez da vida repartição pública
e nunca desejou ter alma de convento
passou por cá mas não soube
o terreno sacro que estava a pisar, inadvertidamente.

EM - AVRYL - DINIS H. G. NUNES - POPSUL

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