segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

das coisas velhas e novas - GONÇALO B. DE SOUSA

já agora, fiquem os meus afectos antigos
junto com as folhas secas, entre páginas,
de velhos livros de poesia.

todo o poema relido é triste; cor e perfume,
só na planta que cresce, à beira do regato,
água viva a caminho do mar.

vinho quero-o no copo, à minha frente;
o teu beijo, agora; e o poema a crescer
na folha branca, sobre a mesa.

estas coisas do presente, meus amigos,
são a nossa eternidade.

EM - CANÇÃO DO EXÍLIO - GONÇALO B. DE SOUSA - TEMAS ORIGINAIS

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