já agora, fiquem os meus afectos antigos
junto com as folhas secas, entre páginas,
de velhos livros de poesia.
todo o poema relido é triste; cor e perfume,
só na planta que cresce, à beira do regato,
água viva a caminho do mar.
vinho quero-o no copo, à minha frente;
o teu beijo, agora; e o poema a crescer
na folha branca, sobre a mesa.
estas coisas do presente, meus amigos,
são a nossa eternidade.
EM - CANÇÃO DO EXÍLIO - GONÇALO B. DE SOUSA - TEMAS ORIGINAIS
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