LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Mãe,
Consegues ouvir-me... ?
Às vezes imagino que és uma árvore frondosa,
Repleta de ramos, flores brancas.
Os passarinhos fazem por lá os seus ninhos...,
Sorvem nas taças das tuas folhas!
Os teus lábios,
Cor de sangue, abrem-se,
Sorriem para mim...
Perco-me, outra vez, no bosque e grito:
"mãe, mãe..., onde estás...?"
Com lividez aflorar-me o rosto
Rogo o teu perdão...
Recebo em troca uma carícia suave;
Pena branca de passarinho
Que esvoaça do ninho
Ao sabor do vento!
Sempre foste generosa, humilde,
humanista, doce...
Mas nada te define per se...
És a minha mãe!!
EM - AMANTES DA POESIA E DAS ARTES 2025 - COLETÂNEA - IN-FINITA
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