LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
Vive em mim um antigo vilarejo,
de um céu caiado de estrelas.
Um lugar em que nem sempre é silêncio, mas é sempre começo.
Em pequenas casas com belos e necessários jardins, moram os
meus afetos. Nos encontramos na esquina da saudade, revemos
conversas das quais alimento a minha coragem.
No alto, fica a capela, que no silencio cumplice da tarde ascendo
uma vela,
Para que a desilusão fique no lado de fora de tudo que conservo
dentro, como um raro bordado, tecido pelo destino com finos
fios dourados, forrando o pequeno altar do meu coração.
E na poeira que levanto, espalho boas lembranças.
Assim volto a ganhar o mundo.
EM - MULHERIO DAS LETRAS PORTUGAL - COLETÂNEA - IN-FINITA
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