Mãe natureza - Cristina Alves

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Mãe natureza, na sua essência

Delicada e pura

Por vezes frágil, mas também

Forte e segura.

Musa inspiradora, à terra arraigada

Mulher lutadora

Pela vida apaixonada.

Força da natureza, despida de pudor

Abre os braços ao mundo

Pela PAZ,

Pelo AMOR.

EM - A ARTE DE POETIZAR - COLETÂNEA (organização de António Alves, sobre telas de António Dias) - IN-FINITA

Louco amor por aquilo (excerto) - Lídia Palminha

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Estou loucamente apaixonada por aquilo

aquilo que me preenche a alma

aquilo que faz acordar

e à noite, ajuda-me a adormecer.

Encontrei-me naquilo

aquilo que me faz perceber o que vejo

aquilo que me faz entender o que ouço

que desperta o meu coração.

Nunca pensei que aquilo…

aquilo me despertasse a vontade de SER

aquilo me acordasse para a VIDA

quando já meia morta estava.

Não quis um dia acreditar que aquilo existisse

aquilo que agora reconheço que me constrói

aquilo que agora me faz enfrentar o espelho

e ver que tanto em mim mudou.

Não largo nem largarei aquilo

aquilo que me faz sentir a caminhada

aquilo que me faz pulsar o sangue nas veias

e sentir-me por mim própria amada.

EM - VELEIRO DAS SETE CORES - LÍDIA PALMINHA - IN-FINITA

Meditar - Ivo Álvares Furtado

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Meditar é coisa distinta de pensar.

Cabe num dos seus capítulos mais profundos.

É refletir sobre o passado e o porvir.

Pensar sobre as grandes questões do mundo,

que ainda hão de vir.

É saber o momento de agir

e na promoção do equilíbrio, intervir.

É sentir, de que lado sopra o vento,

num dado momento;

o que permite ao mundo,

poder contemplar na natureza,

o brilho das estrelas no firmamento.

É prevenir e evitar as catástrofes e os tsunamis,

que cada vez mais acontecem em todo o lado,

a cada instante.

É preciso, incessantemente, meditar

e ter a nossa bússola,

ativa e funcionante.

É fundamental defender o futuro,

agora, no presente!

EM - A LÍNGUA PORTUGUESA QUE NOS UNE - IVO ÁLVARES FURTADO - IN-FINITA

Dia 3 - Joaquim Paulo Silva

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As horas

são novenas

onde o ceifeiro

nos atormenta

ou acalenta

se vier o céu

ou o Meta inferno

de COVID seu nome...

EM - DIÁRIO DAS LEMBRANÇAS PERDIDAS - JOAQUIM PAULO SILVA- IN-FINITA

Fado Corrido (Diz à noite) - Fernando Silva

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Sentimentos de quem passa

Navegam horas soltas comigo

O luar que nos abraça

Fica na noite contigo

Não me chames noite fria

E nem sequer sou descontente

São laivos d’Agonia

Porque quero ver-te diferente

Diz à noite que traga

Pelas sombras da madrugada

Quando a luz se apaga

Nestes ecos pela calada

Desejo poder um dia cantar

O fado fora de portas

Para convosco poder partilhar

Este fado pelas horas mortas

EM - O FADO MORA AQUI - FERNANDO SILVA - IN-FINITA