quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

Suava-lhe na mão a granada - Graça Pires

Suava-lhe na mão a granada
que apertava com destemor.
Sentia colado na farda
o peso de um país
em esperança, em deriva.
No seu olhar era tão nítida a coragem
que as armas de fogo
prontas a disparar se renderam.
Houve quem abraçasse o capitão.
E todos o respeitaram.
E muitos lhe chamaram companheiro.

EM - ERA MADRUGADA EM LISBOA - GRAÇA PIRES - POÉTICA EDIÇÕES

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