quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

Lisboa (1957) - Ivo Álvares Furtado

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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A bordo do navio Alcobaça,
tudo era descoberta e novidade,
nos 24 dias repletos,
de brincadeira e chalaça,
até chegar a Lisboa,
almejada cidade.

Pelo canal do Suez
alcançámos o Mediterrâneo,
chegámos a Lisboa em Novembro,
em dia de frio, de que bem me lembro.

Lisboa daquela época, mostrava,
uma cidade em remodelação,
em que a televisão despontava,
e o metropolitano estava em construção.

Cidade cosmopolita e buliçosa,
do Rossio e do Chiado,
das leitarias e das casas de fado.
“Quem quer figos, quem quer almoçar”,
as vendedeiras ambulantes, ouvia-se a apregoar.

A mesma cidade onde o padeiro distribuía
o pão de porta em porta, a cada dia;
onde os autocarros da Carris eram verdes, então;
e os palhaços no Coliseu me enchiam o coração.

A Lisboa que já sentia como minha,
onde havia os típicos sons da flauta dos amoladores,
os ardinas e os polícias sinaleiros a cada esquina.
Era o fascínio que a Lisboa de então, tinha.

A cidade que então conheci,
de Alfama à Madragoa,
foi a maravilhosa Lisboa,
onde transitoriamente vivi!

EM - A LÍNGUA PORTUGUESA QUE NOS UNE - IVO ÁLVARES FURTADO - IN-FINITA

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