LIVRO GENTILMENTE OFERECIDO POR IN-FINITA
A cidade de dia
As calçadas livres, limpas
Por assépticas
Vitrines, glamour
Inúmeros passantes
O vai-e-vem interminável
Movimento.
Noite
Como por ficção
As calçadas vão se enchendo
De invisíveis seres
Aparecem colchões, cobertas,
Uma caixinha de feira, de madeira, faz a vez de criado-mudo
Aparece uma flor numa garrafa vazia
O design interior dos sem-teto,
Dos invisíveis
Alguém lê um livro, apoiado a um amontoado de roupas
A estética noturna
Os ônibus passam,
Pela janela, na velocidade da luz,
Os invisíveis permanecem invisíveis.
Sob o caixa 24 horas do Banco Nacional
Alguém se cobre por inteiro, para poder dormir. À mostra,
O ícone dalgum santo e um copinho de papel, com algumas moedas de menor valor.
Menor valor...
E seguimos, passageiros.
O farol abriu.
EM - CONEXÕES ATLÂNTICAS VIII - COLECTÂNEA - IN-FINITA
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