LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Eu sei, que não é só meu, o meu chafariz
É nosso, teu, deles e daqueles
Que quando regressam à sua terra natal
Trazem-no no seu pensamento
Como se ele fosse, um monumento Nacional.
Muitos lembram a ida das raparigas
Cântaro na cabeça, com tanta leveza
Depois de um dia de trabalho
Tudo isto para se encontrar
Com o seu namorado.
Marcavam o encontro, sempre no mesmo ponto
No fim da tardinha
E quando as mães chamavam
É que se lembravam, que esta era a hora
Mais feliz que o dia tinha.
E o chafariz não se mexia, ouvia
Os segredos que não iria desvendar
Assim, falavam à vontade
Faziam mil promessas e o sonho era amar.
Hoje quando aqui chegam
Sentem logo a mesma, emoção
Recordam as velhas promessas de amor
E dizem que ainda ouvem baixinho
Como batia o coração.
Continua de pé, pedra sobre pedra
É magico quase centenário
Queremos guardá-lo para sempre
Assim… no nosso imaginário.
EM - AMANTES DA POESIA E DAS ARTES - COLETÂNEA - IN-FINITA
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