LIVRO GENTILMENTE OFERECIDO POR IN-FINITA
A casa é simples, é coisa pequena
É feita de taipa com barro na mão
De chão batido, telhado de palha
Tramela na porta, fogão a lenha
Onde faço comida e esquento a vida
E fervo o café.
O pote de barro, e água da cacimba
Que mata a cede.
O torno na parede onde armo a rede
Pra matar o sono.
Na noite escura acendo o candeeiro
Queimando o querosene
Fazendo se luz, que brilha e reluz
Ao som do meu rádio de quatro pilhas
Que canta e inspira a noite solteira
Linda e faceira, trazendo paz no coração.
De longe escuto o barulho na grota
Da água que brota descendo o ribeirão
O riacho tá cheio
Viva! O inverno chegou!
É sinal de fartura, milho e feijão.
Vou plantar minha roça
E se tudo dê certo caso com rosinha
Trago ela pro meu canto
Vamos viver o encanto
Da vida simples no meu sertão.
EM - ECOS DO NORDESTE - COLECTÂNEA - IN-FINITA
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