LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Entre luas cheias,
Sinto nas mãos os chumaços de algodão,
Cutículas e feridas entre dedos,
Mas a alvura nos faz esquecer...
A mamãe Elvira nos conduz,
No corpo sofrido, ela encontra a força,
O empenho e a certeza...
A destreza com que desenha a vida,
Conduz a brasa, o trabalho,
Prepara o alimento forte e certo...
No amanhecer...
A noite de lua cheia no sertão...
Não traduz sono, sim, trabalho...
Ninguém pode parar...
É dali o puro sustento da família...
Antes a seca, a amargura e os melancólicos nãos...
Não havia água, não germinavam os grãos...
Tudo era pura desilusão...
O que esperar?
Entre tantas incertezas,
O sentido mesmo era lutar...
Ensimesmar resultados sagrados...
Seringas de vidro,
Remédios à cavalo em charretes e carroças,
Vivia-se das roças,
E dos cultivos surrados, suados, buscados.
Tudo eram vivências da Lua Agreste,
O nome de tudo era trabalho.
EM - ECOS BRASIL - COLECTÂNEA - IN-FINITA
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