Homenagem à Luísa Margarida de Barros Portugal, condessa de Barral
Como um lenço amassado
Ergui o véu do passado.
Sem querer nem entender
Com a condessa fui ter.
Me fitou com olhar espirituoso
Que, para mim, foi carinhoso.
Me aconselhou com realismo,
Sem laivo algum de pedantismo.
Me mostrou domínio e razão
No mero poder de decisão.
Me fez ver que nobres triunfos
Só dependem de nossos trunfos.
Me indicou o caminho dourado
Para um prado idealizado.
Me ofertou cortesia, bondade,
Que recebi com amabilidade.
Admirando-a na tela antiga
Descubro, ali, uma amiga.
Whinterhalter não mentiu,
Pintou-a tal qual a viu.
Dama desembaraçada, sagaz,
De que tudo era capaz.
Condessa de Barral! Lembrança,
Leque de renda, faiança...
EM - ECOS BRASIL - COLECTÂNEA - IN-FINITA
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