Depois das queimas as trovoadas, a luz atestada
da terra extasiada pelas áscuas hibernais das fêmeas
brotando a pedra, o toiro, o homem,
a voz corpórea de uma cidade lavrada em clarões
despidos de olvido, de fogo vivo e desejo.
E as palavras doridas em nervos e tendões abençoados
em casulos de oiro, puros fosseis em teias de amores
mortais que procriam a avidez das crias
pulsando uma sísmica e indomável geometria aberta.
EM - OFÍCIO - JOÃO RASTEIRO - PORTO EDITORA
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