domingo, 17 de outubro de 2021

Silhuetas - BIAMARIA

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São silhuetas
Cheias de magia
São marionetas animadas
As vezes deixam cair as pétalas
Como rosas desfolhadas
Parecem silhuetas
Mas são poetas
E falam com nostalgia.

Abrem as portas do coração
Como as da casa onde vivem
Eu gosto de as ouvir e às vezes
Não percebo o que dizem.

Falam de coisas estranhas
De sentimentos que sentem
Não sei se mentem?
Mas sei que têm medo da morte
E conhecem um amor muito forte.

Falam de dor e paixão
Os versos rimam
Sempre
Com amor e coração.

Gritam e choram os seus amores
Vejo-lhe os olhos tristes
De onde caem lágrimas doridas
Tão transparentes que lhes posso ver
Todas as feridas.

Notam-se feridas mal curadas
Como as do amor
Tão difíceis de curar
Mas logo animam
E voltam a compor
Com a mesma dor
O verbo amar.

Brilham como as estrelas
Chegam a tocar o infinito
Choram como uma criança
E falam de um amor
Que ninguém conhece
Mas que parece... ser o mais bonito.

Fico encantada a ouvi-las
Pela manhã, pela tarde ou seja
A que horas for
E, agora até já eu
Aprendi com elas a falar de amor.

Quero compreender
O sofrer desta gente
Estas silhuetas são a sombra
Dos poetas
Que estão aqui
Na minha frente

EM - MULHERES A UMA SÓ VOZ - COLECTÂNEA - IN-FINITA

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