LIVRO GENTILMENTE OFERECIDO POR IN-FINITA
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No espelho, a mulher que vejo,
Não sou eu,
Não é uma estranha.
Reconheço seu olhar profundo,
Sua tez marcada pela vida,
Seu cabelo prateado,
Reflexo de luar.
A mulher que vejo
É a soma daquelas que antes vieram,
Que teceram as tramas do destino,
Aquelas que desde tempos primordiais
Abriram caminhos entre terras inóspitas
E tempos obscuros.
Aquelas que ousaram dizer não,
Assumiram seus desejos, seus sonhos,
Escreveram suas histórias
Com letra escarlate.
No espelho, a mulher que vejo,
Não sou eu.
É minha mãe, minha vó, minha bisavó...
É a primeira ancestral.
No espelho, a mulher que vejo,
Sou eu, são elas,
É a velha anciã,
O reflexo daquelas que já partiram,
Ela vem evocar minha ancestralidade,
Para que não me esqueça
De escrever meu próprio destino,
E assim como a Lua Nova,
Renascer a cada chamado da vida.
EM - MULHERIO DAS LETRAS NA LUA - COLECTÂNEA - IN-FINITA
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