sexta-feira, 16 de julho de 2021

Pitangas - GLÁUCIA MONTIN

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Lembrei do pé de pitanga que cresceu na casa vizinha
de onde morávamos, nos idos tempos da infância.
Seus galhos invadiram os limites do quintal,
pendendo sobre o muro da garagem.
Éramos todos conhecidos e não havia mal algum deixarem
colher pitangas do lado de cá.
Vermelhinhas, azedinhas, deliciosas.
Era minha a tarefa de puxar os galhos e encher a bacia
com aquelas alegres e coloridas frutinhas.
Eu já aproveitava e me fartava delas ali mesmo,
encostada no muro, vendo a vida passar.
Havia dias que a colheita era tanta que rendia
um delicioso suco.
Lembro-me bem dos dias em que colher pitangas
era a minha maior responsabilidade.
Recordo-me desses momentos de felicidade simples.

EM - MULHERIO DAS LETRAS NA LUA - COLECTÂNEA - IN-FINITA

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