quarta-feira, 3 de março de 2021

Poema das commodities - EDSON AMARO DE SOUZA

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Nossa história não é mais que um relato
Das matérias aqui sempre extraídas:
O nome de “Brasil” atesta o fato
– Árvores que estão já quase extinguidas.
Para plantar-se cana fez-se um trato
E o rei deu as terras divididas,
Dos índios roubando o litoral:
Salvador nasceu qual capital.

Quando o ouro surgiu lá nas Gerais
Cá no Rio embarcava pra Lisboa
Que o dava ao inglês sempre voraz
Que pra nascente indústria tal escoa.
O Barão de Mauá nos quis iguais
Mas a monocultura o atraiçoa:
Os vis escravocratas do café
Fazem nosso país andar de ré.

Delmiro Gouveia no sertão
De Paulo Afonso extrai sua energia
Enfrentando os ingleses qual leão
– Sua indústria com eles competia,
Quando um crime sem nome ou solução
Toda a obra no abismo arremetia.
Outro golpe sofremos mais fatal:
Perdemos para os ianques o Pré-Sal.

EM - ECOS DO NORDESTE - COLECTÂNEA - IN-FINITA

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