terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

Saral - CLAUDIANA ALENCAR

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estanquei as tuas poemas
na mesa afeita de espelhos
efeito de um varal de afetos
dos teus saraus nômades
com l de luta
atei-me a tua filologia
de palavras vivas
de conceitos raros
sem nunca transmutar
o teu luto em sangue
por me deixar ficar à sombra livre
de uma casavoa
de pássaros
sem asas
sem eufemismos
nem notas de rodapé
enquanto as horas do teu dia amarelo jerimum
te examinam com os olhares negros
dos teus corres curió
cuida, bell
que tens tanto amor
dentro de ti
que fiz um azigon
das tuas poemas
dentro de mim.

EM - ECOS DO NORDESTE - COLECTÂNEA - IN-FINITA

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