LIVRO GENTILMENTE OFERECIDO POR IN-FINITA
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Afogados na violência,
Sem sopro de ar | sem sopro de vida
Pulmões sufocados,
Afogados.
Afogados,
Sem ar | ou sopro
Pulmões sufocados.
E do direito de viver,
Estrangulados.
Sem poder respirar,
Binômios anulados.
Pandemônios virais | ou estatais demônios,
Em nome da ordem neoliberal,
Violência canibal.
Afogados,
Sem salários.
Trancados,
Sem vida | sufocados.
Entre paredes, trancados.
Sem respirar | sem respirar.
Genocídios,
Sem sangue,
Mas brutal.
Sem ar | sem ar,
Sufocados nas mãos,
Do poder maior | oprimindo o menor.
Atravancados na perversidade, anormal.
Desgostos de desgovernos,
Dejetos obscenos e desumanos,
Falecem à deriva | decrescem do bem ao mal.
Sufocados,
Afogados sem respirar.
Presos e trancados,
Em casa ou no asfalto,
Sem vida, a continuar.
Sem chance para sonhar.
Pandemia ou heresia,
De poderes supremos,
Apodrecendo no espelho.
Sem limites de hierarquias,
Oprimindo, o livre ar.
Viver é respirar.
EM - PANDEMIA DE PALAVRAS - COLECTÂNEA - IN-FINITA
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