domingo, 7 de fevereiro de 2021

Afogados - PAULA VALÉRIA ANDRADE

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Afogados na violência,
Sem sopro de ar | sem sopro de vida

Pulmões sufocados,
Afogados.
Afogados,
Sem ar | ou sopro
Pulmões sufocados.

E do direito de viver,
Estrangulados.
Sem poder respirar,
Binômios anulados.
Pandemônios virais | ou estatais demônios,
Em nome da ordem neoliberal,
Violência canibal.

Afogados,
Sem salários.

Trancados,
Sem vida | sufocados.

Entre paredes, trancados.
Sem respirar | sem respirar.

Genocídios,
Sem sangue,
Mas brutal.
Sem ar | sem ar,
Sufocados nas mãos,
Do poder maior | oprimindo o menor.
Atravancados na perversidade, anormal.

Desgostos de desgovernos,
Dejetos obscenos e desumanos,
Falecem à deriva | decrescem do bem ao mal.

Sufocados,
Afogados sem respirar.
Presos e trancados,
Em casa ou no asfalto,
Sem vida, a continuar.
Sem chance para sonhar.

Pandemia ou heresia,
De poderes supremos,
Apodrecendo no espelho.

Sem limites de hierarquias,
Oprimindo, o livre ar.

Viver é respirar.

EM - PANDEMIA DE PALAVRAS - COLECTÂNEA - IN-FINITA

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