quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Mas tudo há-de mudar... - ISABEL BASTOS NUNES

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As palavras existem
Nos corpos
Nas almas
Nos corações
Misturadas com a vida.

Sirvo-me deste poema
Dando-lhe voz
Amor e esperança.

Falo-lhe da saudade de todos
Do abandono forçado
Da angústia do desconhecimento
E da própria solidão
Triste condição
Aos que os mais velhos
São votados

Queria saber dos outros
De todos os que me acompanharam
Dos risos
Das tertúlias
Das vozes
Agora silenciadas
Substituídas pela escrita.

É o vírus da solidão
Do distanciamento forçado
Do medo que nos espreita em cada lado
Das notícias dolorosas do dia-a-dia
Tão comprometidas com a realidade
Mas também da solidariedade.
O amanhã será diferente
Nada mais será igual.

Enquanto as noticias se cruzam
As imagens nos transportam
A um mundo totalmente modificado
A compaixão nos envolve
Com preces nos lábios
Para que tudo melhore.
Não há rezas nem milagres
Mas há fé e esperança.

Neste isolamento forçado
Para nossa sobrevivência
Quem vive sozinho
Sente mais a dor
E perseguido pelo silêncio
Tem a esperança que tudo haverá-de mudar
Os sorrisos hão-de voltar
E os abraços serão mais fortes.

EM - PANDEMIA DE PALAVRAS - COLECTÂNEA - IN-FINITA

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