sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

Mia no Outono - VANDA OLIVEIRA

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Vi um globo ou uma esfera,
E testemunhei que a bolinha pequenina às tantas era...
Uma Gata!
Chorava, miava piamente sem dom nem errata!
Caramba é Outono, tempo das chuvas de prata
Aparecem tantas, seja galega, parda, colorida, abstracta
Ou até politicamente democrata
Ou sangue de malandra, barata!
Como é bom dar colo a tamanha acrobata!
É quente, embalador e fica tão grata!
Gosta de lá estar, parece uma nata!
Bendita hora, bendita data!
Sua... sua Gata!
Gosto de pessoas e destes felinos e felinas e vira-lata
Alguém que a salvasse e não apreciasse somente uma
pata
Que Aristocrata.
É tão brincalhona e gosta de andar à cata
E tudo à sua volta se ata e desata!
Mas que Gata tão negra e tão arraçada
Que não exista um berço para as Donas Ágata.
Pois de Pituca na sua graça foi chamada,
Apesar de mulher, ou gata, é tão pirata!
São tantas, mas esta sabe o seu lugar. É meritocrata
É caso para dizer, Outono sim e sorte da Gata!

EM - CONEXÕES ATLÂNTICAS V - COLECTÂNEA - IN-FINITA

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