LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
Fiz das minhas memórias um castelo,
Com as portas guardadas por leões.
Entre imagens e afectos há um elo.
A juba e as garras são grilhões.
Só entra nele quem eu quero e deixo.
Dos que de mim têm boa imagem,
Ainda que o invadam não me queixo,
Se boa imagem deixam na passagem.
Mas se quebram amarras em cadeia,
Correndo os afectos, sangue em veia!
Quais grilhões?! Não há elo a segurar!
E no castelo forte existe a Torre
Que seu vigia, por afecto morre.
E o afecto as imagens deixa entrar.
EM - O AMOR NÃO TEM SUJEITO - TITA TAVARES - IN-FINITA
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