LIVRO GENTILMENTE OFERECIDO POR IN-FINITA
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Tela em branco
Papel em branco
Branco
O branco nas ideias
A angústia do poeta
Pois o poema não se derrama na página
No imaculado papel
Deixar a música do vento
Penetrar os meus ouvidos, os meus pensamentos
Na vã tentativa de
Domesticar desejos selvagens.
Você ali, eu aqui
Anseios tão distintos que nos unem, nos separam
A música do vento
Que varre o papel...
Eu, a tentar – inutilmente, construir o quebra-cabeças
do pensamento
Unindo letras de alfabetos numa poção mágica que não resulta
E o peito, por isso, parece prestes a explodir
Faz frio e o pássaro metálico, que vive na copa da árvore diante
da minha janela,
Canta – canta é força de expressão – bate notas metálicas,
de manhã e de tarde
E você
Diz que é para cá que deseja voltar.
Pergunto-me se para os pássaros haverá abismos...
Faz-se escura a noite
O poeta, angustiado, concretiza ser noite de domingo
Pensa no sexo frio
Na semana mesma
Igual
No cinzento que será o amanhecer...
E o pássaro metálico, canta.
A vida passa num triz
E é escrita a giz.
EM - MULHERIO DAS LETRAS PORTUGAL (POESIA) - COLECTÂNEA - IN-FINITA
Adorei o poema, pura sensibilidade a respeito da vida, do pássaro, do destino. Abusca da perfeição. Sonhos que não morrem. Parabéns!
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