terça-feira, 11 de agosto de 2020

Manhã cinzenta - ENAIDE ALENCAR VIDAL PIRES

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Desce vagarosamente,
Em sua cama,
“O CÃO SEM PLUMAS”, de Cabral.
Não está só,
Acompanhado vem
Do mais belo cortejo,
Da nobreza flutuante,
Que se esparrama verdejante,
No leito morno de suas águas.
Bom sinal! Chove nas cabeceiras,
E o cão ri, de tão feliz!
Feliz, também estou.
As biqueiras do sertão,
Choram copiosamente,
E, o chão esturricado,
Bebe com sofreguidão
A água santa, que do céu lhe vem.
Vejo pela minha TV essas belezuras,
Que me trazem venturas,
Nessa manhã cinzenta,
Que o sol esconde.
Sem sol, com chuva,
O Nordeste ri.

EM - MULHERIO DAS LETRAS PORTUGAL (POESIA) - COLECTÂNEA - IN-FINITA

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