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Caboclinha loura do interior.
Nas Minas Gerais cresceu e transformou...
Numa poeta mineirinha escrevendo com o coração,
meu senhor.
Sua lida na fazenda é de trabalho e inspiração.
Logo de manhãzinha passa o café para o patrão.
Num piscar de olhos, ela sela seu alazão e vai para
invernada conferir a boiada cantando uma canção.
O sol nascente raia pelo chão...ela toda suada confere
sua anotação.
Retorna a caboclinha para a sede do patrão,
passando para ele a informação.
De pés descalços sem o chapelão,
continua na lida até o sol se pôr atrás daquele sertão.
Ali cansada, busca na lua inspiração e com seus versos
encantar e desbravar um coração.
Ela sonha um dia se casar...
Encontrar afeto, carinho e ser amada e dessa vida
não mais continuar.
Em rimas e versos num belo dia recitou o patrão...
Caboclinha loura, bela e encantadora do interior
desse rincão.
Casa comigo e terás o que sempre sonhou.
Sua dedicação fez meu coração pensar, pois não quero
mais essa caboclinha na lida da vida e viver uma solidão.
Quero dar sombra fresca e um drink e com você
para toda vida muito te amar...
Assim deslumbrado de amor ele em seus pés jurou.
EM - CONEXÕES ATLÂNTICAS V - COLECTÂNEA - IN-FINITA
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