LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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É infame a ofensa;
À minha estirpe;
Que se adensa;
A cada chiste...
Não gostar de mim;
Será sempre o maior golpe;
Torna a alma carmim;
Enseja o desnorte...
Para o outro amar;
Temos de existir em nós próprios;
Num sereno perdurar;
Sem surtos biliosos...
A autoestima é a lente;
Que nos permite enxergar o mundo;
Se incomensurável é o ego em sua vertente;
Pode a vida ribombar o caos a fundo...
É ofensiva a difamação
Da minha forma de ser
Que aumenta a ilusão
De partir, de desaparecer
Não apreciar a minha pessoa
Será sempre o meu destino
Porque tratarem-me assim magoa
E faz-me ficar triste sem tino...
Escolho outro lugar
Outra casa para dormir
Outra forma de amar
Outro rosto para sorrir...
Gostar de mim é fundamental
Se não gostarmos de nós, quem o poderá fazer?
Ganhamos forças, redobramos o astral
E jamais deixaremos o mal acontecer!
A ternura da efervescência ontológica;
Emerge na floresta da incerteza;
Tão labiríntica como catártica;
Onde o mistério impulsiona a vida singela...
Se nos conscientizarmos;
Quanto à nossa real insignificância;
Perante o cosmos;
Talvez vivamos com maior propósito e jactância...
Incomensurável ego que me domina
Sou corpo e reflexo de espelho baço
Ego que me inicia e também termina
Incomensurável da palavra ao abraço
E ao ser assim pelo ego dominado
Nesta descomunal forma de viver
Ignoro as vezes em que sou mal interpretado
E digo as letras que me recuso a morrer
EM - DUETOS DORDIANOS - COLECTÂNEA - IN-FINITA
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