sábado, 11 de abril de 2020

Entre o velho, que possa não ser - ANTÓNIO RAMALHO


LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Entregue à solidão,
na grandeza quanto se passa, para além do que parece ser
o que é uma luta pela vida,
na vivência quase só sobre o que se tem escrito,
será respeito e dignidade, que pouco se tenha perdido,
através das manchas como erosões, de trazer o que
disseram
os dias,
num deserto sem mar,
que reflete os dias que não quiseram voltar,
na idade que tinha levado
o que perguntou o que levaria, que não lembra o sol
agradável que disse a memória,
que é assim mesmo na fé,
a olhar a corrente no tempo,
que levaria o vento
onde estivesse certo que ninguém, que sou um velho
um dia,
a contar o que sentir o barco sem remos,
na linha do horizonte a querer partir,
que não tenho medo da manhã,
à porta do sol que não havia,
de ver trazer o que lembrava
a escuridão do coração na partida,
que subiram juntos a tentação,
que tenha medo do caminho
o que respondeu querer dar
o papel de quem deu o tempo ao que tenha pescado
o longe,
que era um cobertor
quando o velho dormia.

EM - TOCA A ESCREVER - COLECTÂNEA - IN-FINITA

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