Nordestina - VERA DI BOMFIM

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Nordestina, meus caminhos eu teci.
Cuidadosa os teci cruzando fios do meu querer por entre brechas.
Brechas que encontrei nos sistemas. Rachas...
Rachas... Fendas dos muros erguidos nos caminhos, que percorri.

Nordestina caminhei e caminho sempre entre nuvens.
Nuvens de poeira e do sonho de que a estrada era sempre larga...
Larga e Iluminada pela luz sol que em minha pele se fixou como marca.
Larga... Da largura da imensidão da caatinga e das minhas miragens.

Nordestina, as miragens por mim sonhadas,
Têm cheiro, cores, história e poesia...
Mistura de contos e cantos. Sinestesia.
Seca, chuva, estrada de idas e vindas.

Nordestina, trago comigo mil crenças mitológicas.
Cacto, nunca morro, flor renasço a cada chuva.
Desacertos, retas incertas e fechadas curvas?
Não importa é parte da minha cosmologia.

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