sábado, 15 de fevereiro de 2020

O poema I - ANTÓNIO SILVA MELO

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
Saibam do autor neste link
Conheçam a In-Finita neste link

Um poema suicida-se lentamente
Na confusão da carne.
Desce ainda sem luto
Só brancura e força. Só dardo
Sem lástima nem pudor.

De fora está o mundo. A grata violência
No sangue que vem de dentro
Na primeira das sagradas coisas
Das coisas inalteráveis
E da paz exterior dos rios abençoados.

E o poema mata-se de cabeça
Na fonte do seu regaço.

E já nenhuma palavra pode salvar o poema
Ele é o cair absoluto
A suprema postura de uma sombra
Bélica e destrutível
A revolta passiva do tempo.

Perplexa espera na harmoniosa matéria.

EM - POESIA SUBMERSA - ANTÓNIO SILVA MELO - IN-FINITA

Sem comentários:

Enviar um comentário