segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

Malungo Elomar - ISAAC SOARES DE SOUZA

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Riscano a viola
Na presença das donzelas e senhoras
Em toda a redondeza adonde Zé do Laço cantava
Os violeiros assombrado ficava.
Zé do Laço era marruêro,
Ranca-tôco, e tropeiro.
Não temia bramura,
Não tinha horror a nada
Protegido pela Virgem Imaculada,
Séro, destemido e ordeiro
Zé do Laço não mentia,
Sempre dizia: Mentira tem perna curta
uma língua muito astuta, nunca vence uma porfia,
E quem cutuca a onça com vara curta,
um dia vira caça da cria...
Cuano ele tocava a viola
Nem o carneiro na eira mugia
Jurava por Nosso Senhor,
E pela Virgem Maria
Que na Gameleira existia
Um malungo, violeiro e cantador
Inspirado por Jesus Nosso Senhor,
Não era lenda, era uma história real...
O tal do violeiro morava lá na Casa dos Carneiros,
Sob a proteção de Jeová
O nome do tal violeiro, melhor que o melhor dos
violeiros
É o malungo Elomar
Zé do Laço inté jurava, cuano Elomar tocava,
Inté as pedras saíam do lugar
Um cantador adeferente,
Que quando tocava alegrava toda a gente
Por só cantar o amor
De Jesus Nosso Redentor,
Que em pastos verdejantes,
Faz repousar todo homem errante,
Perdido, desvalido e pecador...

EM - ECOS DO NORDESTE - COLECTÂNEA - IN-FINITA

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