domingo, 12 de janeiro de 2020

Depois dos dias I - ANTÓNIO SILVA MELO

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
Saibam do autor neste link
Conheçam a In-Finita neste link

O suar dos dias é agora lento
Não assertivo como uma eira de mentes
Célebres e aliviadas com o sono.

Das febres foragidas não se quer memória
Esqueceu-se a assinatura seca
Assinalando as cabeças como prémios
Iluminados. Nunca breves.

Cai a veia grossa
Vida vasta. Espasmo comprido
Agora ao medo corpo estendido
Nome vivo dentro do nome
Amor antigo.

É sempre grande pertencer ali
Ser dos outros sem escolher
Ser sangue na mesma mais contido
E abrir os ossos no interior da queda.

A fotografia é morta
Cor sem sede no último dedo
Descida benevolente na margem órfã
A cova descoberta na labuta
A extrema rudeza do ar selada

O afastamento das leis nos ouvidos.

EM - POESIA SUBMERSA - ANTÓNIO SILVA MELO - IN-FINITA

Sem comentários:

Enviar um comentário