domingo, 4 de agosto de 2019

XLVI - MARIA TERESA DIAS FURTADO

O corpo do poeta e o corpo do mar
Abraçam-se num amplexo líquido esmeralda
Dançam nas pequenas vagas vigorosas.
Como poderá o poeta escrever sobre o mar?
As palavras liquefazem-se,
A mão escapa-se para a areia
Onde rabisca palavras como
Sal, ondulação, baloiço, rebentação.
Retira-se do calor maior e já em casa,
Rasga no papel o som das ondas.

EM - ONDE O POETA MORA - MARIA TERESA DIAS FURTADO - POÉTICA EDIÇÕES

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