sexta-feira, 14 de junho de 2019

Poesia - MARIZE LISBÔA

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Tem dias que acordo assim:
Com um lápis e umas papeletas,
Emoções fervilhando em mim.

E o que faço se não as entrelaço
Imediatamente?
Conflitos e ânsias gritam em mim.

Vomito então,
Entre letras e papéis.
Grito então,
Entre linhas e cordéis.

Poesia é assim:
Chega, invade,
Grita, transforma.
E se não colocada para fora:
Chora!

Chora como criança,
É manhosa.
Não pede licença,
E se não a atender:
Vai se embora!

Poesia muda meus dias,
Dar luz a noite, ao dia, a vida.
Abraça-me num abraço que,
Sutilmente me envolve.

Salda-me alegremente,
Conforta-me,
Apaixona-me.

Levando todas as minhas ânsias:
Embora!

Fica na porta a minha espera,
Às vezes me acorda.
Criança mimada é esta,
E se não a recebo:
Vai-se embora!

EM - MULHERIO DAS LETRAS PORTUGAL (POESIA) - ANTOLOGIA - IN-FINITA

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