LIVRO GENTILMENTE OFERECIDO POR IN-FINITA
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vestida de noiva, ela vinha adiante
pisava a grama gelada
áspera bota calçava
vestida de noiva
contrária à lágrima escura dos pombos
vestida de noiva
buscava os degraus delgados da praça
e deixava pelos cantos gavetas de olhares
e erguia tantos leques de folha seca, porque abria aleias
e arrastava a gente das lentes e das revistas
quando voltou-se, no ponto mais alto, majestática
o olhar vazio das estátuas, coroa de cristais coruscando ao sol
a alma saiu pela boca como a saliva dos bichos-da-seda
subiu, subiu - e sumiu
vestida de noiva, ali ficou para sempre
EM - CONEXÕES ATLÂNTICAS III - ANTOLOGIA - IN-FINITA
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