LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Aqueles a que não têm família
Aqueles a que não têm amparo
Conheci e vi gentes desta terra lisboeta
Que tudo tão duro e cinzento esmeram
E sem pátria sem calor de um sol paterno
Sem o leito mais puro e materno
Não têm quem lhes dê, de beber o tenro amor humano
Sem um aconchego noturno
Vivem moribundos fingindo não ter dor
São duma raça e ternura
Têm a garra de uma agresta e partida sepultura
São como escravos da vida onde escondem amargura
E sentem que a solidão é o castigo doutra vida
Mas que admiração eu sinto neste mundo
Que sozinho sem ninguém, vivendo sem lua
Mudos partidos e enxugados em lágrimas
Como conseguem?
Qual a fonte daqueles que não têm família
Que consomem os centros clandestinos
Terramotos trituram os fantasmas que lá vão
Onde nem o gato e o cão
Servem para preencher o vazio dessas estrelas
Que alumiam sozinhas
Catacumbas e valas derretidas
De corpos cansados de jazer
Sepultados e saudosos por ver nascer
A família que os beijará de manhã até ao anoitecer
EM - A VERDADE DE UMA MENTE DORMENTE - JOÃO BARNABE - IN-FINITA
Uma descrição muito real e triste ...
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