sábado, 30 de março de 2019

O bordel - VINÍCIUS GREGÓRIO

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Triste e pobre mulher que negocia
Os desejos carnais do ser humano.
Cada amor, um divã de hipocrisia.
Causa dó o teu modo tão mundano.

Sendo meta dos vates na poesia,
Que se inspiram com tanto desengano,
Eu, por vezes, também sonhei co’o dia
Que narrasse teu mundo tão profano.

Mas notei que o viver de teu cliente
É mais triste, porque pra esposa mente
E ao bordel vai suprir sua carência.

Beija, transa, sacia, comemora,
Paga bem, fecha a porta, vai embora...
E retorna a seu mundo de aparência.


EM - ECOS DO NORDESTE - ANTOLOGIA - IN-FINITA

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