sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

Ode à criação da noite IV - ALVARO GIESTA

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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IV

Já não eram as desabrigadas casas erguidas
na fria floresta da noite, onde de passagem
os homens habitam, que interessavam ao homem
com cabeça de vento,

– era a casa-lar erguida na felicidade da noite
onde as palavras crescem e se curvam
pobres e humildes, embora sublimes,
à silenciosa humildade da luz.

Petrifica-se a vida – tantas vezes se petrifica.

Corre-se até à insignificância do tempo
na perspectiva, tantas vezes bolorenta,
de encontrar a mão da esperança
           – a mão que foge escorregadia
enquanto o homem se afunda no vácuo.

EM - O SERENO FLUIR DAS COISAS - ALVARO GIESTA - IN-FINITA

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