LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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– à poetisa, Maria Jorgete Teixeira
Flui e flutua nos meandros sombrios da noite
a etérea luz que escreve
o sangue rubro que escorre
da chaga aberta antes que finde a vida.
– Vida que no seu pousar eterno
aos pés duma roseira brava tomará assento
para da morte lavrar solene escritura.
Soltar-se-á o grito de sob a terra dura
no eco da ressurreição:
– profundamente sensível o corpo do poeta
que espera a voz inicial do tempo,
ergue-se tumultuosamente e em prece
na esperança de conceber da estrela,
como língua flamejante,
o testemunho da sua poética louca.
Terrível é amar a noite e a tempestuosa
areia e o pó e todas as estrelas pálidas
na lacuna dum céu ausente!
EM - O SERENO FLUIR DAS COISAS - ALVARO GIESTA - IN-FINITA
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