sábado, 15 de dezembro de 2018

Perdoa-me por eu ainda te amar - ISABEL BASTOS NUNES

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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As palavras que te escrevo
Não são meras palavras ao acaso,
São anos de vida, sentindo-me culpada
E tantas vezes perdida, como flor pisada e esquecida
Numa laje do chão, já meio apodrecida.
Imponho-me a mim própria um castigo
No perturbador mistério do antigo fatalismo
Restando-me apenas, dedicar-te este poema de dor e solidão
Escrevendo-te, como se porventura ainda me amasses
E as nossas almas e corpos ainda estivessem unidos,
E tu me perdoasses.
Sei bem, que já nada me espera,
Não há nada mais triste, como o tempo consumido
Imaginando o regresso de um passado,
há tanto tempo esquecido.
E interrogando-me porquê, deixei nas tuas mãos a minha vida

EM - À PROCURA DE MIM - ISABEL BASTOS NUNES - IN-FINITA

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