quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Escrito nas margens do tempo - ALVARO GIESTA

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Em que jardim semeei eu uma rosa
para tu colheres à tardinha
entre a folhagem que confia
ao rumor das águas
o segredo dos amantes?
– Partiste na fímbria da tarde
quando posídon
deixou os seus cavalos
confiados à guarda das águas marinhas –
Tremeu o chão – o meu chão quando te foste.
As nuvens abeiraram-se brancas e altas
à procura do futuro
que deixaste escrito nas margens do tempo.
E eu, como possêidon
senhor da terra ao mesmo tempo,
de pés travados nas águas do mar,
senhor do nada, assim firmei solene escritura:
– quem somos, que somos nós
que de nós nada sabemos
perdidos num mar deserto
onde o sol fonte da vida se não detém?

EM - O SERENO FLUIR DAS COISAS - ALVARO GIESTA - IN-FINITA

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